Denúncia sobre Atendimento na UBS Tio Zaca em Cascavel Levanta Dúvidas sobre Dados de Saúde do Município
Recentemente, uma grave denúncia foi feita por um pai sobre o atendimento prestado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Tio Zaca, em Cascavel. Segundo relatos, a técnica de enfermagem que aplicou a vacina em seu filho de apenas 3 anos foi extremamente bruta, resultando em uma experiência traumática para a criança, que saiu da sala chorando. Não apenas seu filho, mas outras crianças também deixaram a unidade em estado de aflição, levantando sérias questões sobre a qualidade do atendimento oferecido.
Esses incidentes nos levam a refletir sobre os dados que afirmam que Cascavel se destaca na saúde, ocupando o terceiro lugar no Paraná, atrás apenas de Curitiba e Maringá. Embora os números da Macroplan indiquem uma melhoria nas áreas de Saúde, Educação, Segurança e Saneamento desde 2010, a realidade enfrentada pelos cidadãos nas UBSs e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) pode sugerir um abismo entre as estatísticas e a experiência vivida pelos usuários.
Durante a recente campanha eleitoral, o prefeito Leonaldo Paranhos foi confrontado por cascavelenses que aguardavam horas em filas de UPAs, evidenciando as dificuldades enfrentadas pela população no acesso à saúde pública. Essa situação contrasta fortemente com os dados que posicionam Cascavel como uma das melhores cidades do Paraná em termos de saúde.
A aparente discrepância entre os dados positivos e as experiências negativas no atendimento à saúde pública levanta preocupações sobre a veracidade e a aplicabilidade dessas informações. Como pode uma cidade que se diz estar em ascensão na área da saúde permitir que crianças sejam tratadas de forma inadequada e que pacientes enfrentem longas filas? A melhoria nos rankings deve ser comemorada, mas não pode mascarar as falhas no atendimento que afetam diretamente a população.
É fundamental que as autoridades competentes investiguem esses relatos e promovam uma verdadeira reformulação no atendimento às unidades de saúde, garantindo que todas as crianças, e todos os cidadãos, sejam tratados com dignidade e respeito. A saúde pública deve ser uma prioridade, e os dados precisam refletir não apenas números, mas a realidade do atendimento prestado à população. A voz dos cidadãos deve ser ouvida e levada em consideração para que possamos avançar de forma efetiva e justa na construção de uma sociedade mais saudável.