Impunidade Política em Cascavel: A Justiça que Beneficia o Poder

Impunidade Política em Cascavel: A Justiça que Beneficia o Poder
Publicado em 17/11/2024 às 13:59

A sentença emitida em 16 de novembro sobre as denúncias de ameaças feitas pelo pastor Clemerson Silva a obreiros da Igreja Assembleia de Deus, supostamente para apoiar a coligação de Renato Silva, Leonaldo Paranhos e Misael Júnior, trouxe um contraste gritante na aplicação da justiça. Apesar das gravações, testemunhos e ampla repercussão na mídia nacional que evidenciaram as ameaças, o sistema judiciário de Cascavel desconsiderou as provas, mostrando uma postura complacente que contrasta com cidades como Votorantim, no interior de São Paulo. Lá, em um caso semelhante, a prefeita foi cassada, mostrando que a justiça pode e deve funcionar de maneira exemplar.

O caso em Cascavel reflete o cenário de impunidade que marca a política local. Em mensagens comemorativas em um grupo de WhatsApp, Misael Júnior celebrou a sentença dizendo: “A maldade não poderia vencer! A justiça foi feita.” Mas o que realmente é justiça? Misael ignora que “maldade” é ameaçar obreiros a entregar as chaves da igreja caso não seguissem a orientação política do pastor Clemerson. Maldade é pressionar líderes religiosos a não gravar reuniões, criando um ambiente de intimidação e controle político.

Outro ponto que expõe a desonestidade política de Misael é sua atuação nas eleições. Formalmente alinhado à coligação de Márcio Pacheco, ele foi visto frequentemente aderindo e fazendo campanha de Renato Silva, levantando suspeitas de que teria atuado como informante. A desconfiança cresce entre os cascavelenses, que questionam como, após duas derrotas consecutivas nas urnas, Misael Júnior continua ocupando cargos públicos. Essa situação só poderá ser esclarecida em 2025, quando se saberá se ele será recompensado com um cargo na gestão de Renato Silva.

O “puxasaquismo” de Misael, que sustenta sua sobrevivência política não pelo apoio popular, mas por alianças e favores, ilustra um sistema que favorece a desonestidade e a mediocridade. Enquanto isso, a população de Cascavel enfrenta uma justiça seletiva que parece beneficiar quem detém conexões políticas. A crítica a esse modelo é essencial para que a cidade caminhe rumo a um futuro mais transparente, ético e justo, onde a política sirva ao interesse público, e não a interesses pessoais ou de grupos privilegiados.

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