Cascavel: O Lado Sombrio da Política e a Dor Ignorada
A palavra “empatia”, segundo o Dicionário Aurélio, é a capacidade psicológica de se identificar com outra pessoa, sentindo o que ela sente e compreendendo o que ela pensa. No entanto, para Simoni Soares, que ainda parece ditar regras na Transitar, empatia parece ser sinônimo de desprezo e desamor.
Essa interpretação distorcida se torna evidente nas respostas dela sobre as graves irregularidades na operação da VOEPASS no aeroporto de Cascavel, um local que tentam vender como o “melhor do sul”, mas que, na verdade, está atolado em escândalos e falsas aparências.
Recentemente, a CNN trouxe à tona documentos que comprovam fraudes na Transitar, mas, ao invés de uma postura responsável e transparente, Simoni Soares demonstrou uma frieza alarmante. Sua reação ao trágico acidente que vitimou 62 pessoas foi de total desdém, como se a dor alheia fosse apenas um detalhe na sua agenda política. É inaceitável que, em um momento de luto, a própria primeira-dama use as redes sociais para promover comemorações vazias, enquanto a verdadeira tragédia passa despercebida.O que é ainda mais chocante é o uso de uma tragédia para fazer palanque. Renato Silva, ao tentar prestar suas condolências no aeroporto, foi expulso, pois seu objetivo era gravar para sua campanha eleitoral. Isso revela uma falta de respeito e um egoísmo extremo, transformando um momento de tristeza em uma oportunidade de promoção pessoal. E Simoni, em vez de assumir um papel de liderança e empatia, se transferiu para a pasta das finanças, como se isso pudesse apagar seu envolvimento nas irregularidades.A situação em Cascavel é alarmante. A cidade está na contramão das leis e da ética que regem o restante do país. Enquanto escândalos se acumulam e a população clama por transparência, assistimos a um espetáculo vergonhoso de politicagem e desdém. O recente acordo que beneficiou o pai do relator, como noticiado na coluna de Lauro Jardim no jornal O GLOBO, é apenas a ponta do iceberg de um sistema corrompido.
Cascavel precisa urgentemente ser passado a limpo. Não podemos mais tolerar regalias, descontos indevidos, aluguéis para parentes e barganhas políticas. É hora de exigir que a cidade retome os valores que a tornaram grande. Precisamos nos unir para que, daqui a algumas décadas, possamos cantar o nosso hino, lembrando que a história continua sendo bela e fascinante, e que os feitos heroicos de nossos bandeirantes não sejam ofuscados pela corrupção e pela falta de respeito com os cidadãos.