A Falta de Transparência na Gestão de Leonaldo Paranhos

A Falta de Transparência na Gestão de Leonaldo Paranhos
Publicado em 31/12/2024 às 11:50

Graves denúncias feitas pelo ex-deputado federal Evandro Roman contra o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, em entrevista ao jornal Gazeta do Paraná. Durante a entrevista, Roman revelou que rompeu a relação política que mantinha com Paranhos em 2019, alegando que não queria estar associado a uma “quadrilha” que estaria operando sob o comando do prefeito. As acusações de Roman são alarmantes, sugerindo práticas ilícitas e um aumento suspeito do patrimônio do prefeito e de sua família.

Roman, em entrevista à Gazeta do Paraná: denúncias documentadas.

Roman apresentou dados que indicam um crescimento significativo no patrimônio de Paranhos. Segundo ele, o patrimônio declarado do prefeito e de sua família passou de cerca de R$ 1 milhão em 2020 para impressionantes R$ 17 milhões atualmente, um crescimento que Roman afirma estar respaldado por documentos. Em suas palavras: “Estou ciente das minhas responsabilidades; ciente do que eu estou mostrando e tenho estes documentos e outras coisas mais e quero que ele [Paranhos] venha para o limpo”.

Durante a entrevista, Evandro Roman também destacou a falta de transparência em oito anos de governo, afirmando que órgãos oficiais de fiscalização, como o TCU (Tribunal de Contas da União) e o TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), já têm conhecimento de todas essas situações. “Eles já têm conhecimento de tudo isso; nós já fizemos todos os encaminhamentos que têm, eu pessoalmente”, enfatizou, o que levanta questões sobre a condução da administração pública sob a liderança de Paranhos.

Roman levantou ainda suspeitas sobre a gestão dos recursos do IPMC (Instituto de Previdência Municipal de Cascavel). Sem citar nomes, ele questionou: “Eu gostaria que falasse porque o antigo diretor do IPMC saiu, qual foi a situação? […] Qual foi a conversa com o antigo diretor do IPMC que fez ele sair? Isso vem tudo para as provas.” Além disso, ele questionou a aplicação dos recursos do instituto: “Onde estão aplicados, como é que é?”

O ex-deputado também afirmou ter recebido informações sobre uma movimentação de R$ 100 mil por mês do transporte escolar, que seriam “encaminhados diretamente ao prefeito”. Roman reafirmou que está fazendo denúncias que “realmente eu posso mostrar” e expressou sua disposição em enfrentar as consequências legais de suas afirmações, dizendo: “Me chame para que eu passe a mostrar, judicialmente, tudo isto aqui”.

Roman voltou a se manifestar nas redes sociais, informando que quatro empresários se colocaram à disposição para “irem a juízo testemunhar” contra Paranhos. Ele enfatizou que sua ação não foi planejada, mas surgiu de forma espontânea.

Até 31/12/2024, percebemos que Paranhos não se manifestou, não respondeu aos questionamentos, denúncias, irregularidades e à falsificação de documentos da Transitar e Voepass. A ausência de transparência em sua administração ao longo de oito anos é evidente, e a pergunta que paira no ar é: em 2025, quantos processos o prefeito irá enfrentar? E será que o crescimento de seu patrimônio encontrará uma explicação plausível? O mistério sobre a gestão pública em Cascavel persiste.

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Editor Chefe: Evandro Nicolao

Departamento Jurídico: Dr Moacir Vozniak

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