Falsificações, Silêncios e a Luta por Justiça em Cascavel
Meses se passaram desde a tragédia que comoveu o Brasil, resultando na morte de 62 pessoas e deixando centenas de familiares em busca de respostas. A recente matéria da CNN, com 15 minutos de duração, expôs uma série de irregularidades, incluindo documentos falsificados e a operação da VOEPASS sem um contrato válido.
Embora essas ilegalidades documentais não tenham causado diretamente o acidente, a pergunta que persiste é: se a prefeitura e a Transitar tivessem exigido a documentação necessária, esse avião não estaria decolando de Cascavel.Após as denúncias veiculadas em rede nacional, a presidente da Autarquia Transitar, Simoni Soares, foi remanejada de setor e transferida para as finanças. Em uma cidade que preza pelas leis, o mínimo que se esperaria seria sua demissão e a instauração de um inquérito policial. O Art. 297 do Código Penal é claro: falsificar ou alterar documento público é crime, punido com reclusão de dois a seis anos e multa. Entretanto, Simoni Soares continua a exercer influência dentro da Transitar, enquanto sua filha, Kauane Vitória, recebeu um aumento de 80% na gratificação apenas dois dias após as eleições.E o que fez Leonaldo Paranhos, o prefeito? Mais preocupado em garantir um palanque político e na eleição de seu sucessor, ele se calou até o momento. O deputado federal Nelsinho Padovani, que preside a CPI da VOEPASS tenha declarado à mídia que o prefeito seria convocado imediatamente, uma matéria do jornalista Lauro Jardim, publicada no Jornal O Globo, trouxe uma reviravolta alarmante: “Prefeito liberado de depor em comissão assinou acordo que beneficia pais de relator”.
Essa informação levanta sérias questões sobre a transparência do processo e a verdadeira razão pela qual Paranhos não irá a Brasília para depor sobre as falsificações e irregularidades.O que está sendo ocultado? Por que Simoni Soares não será responsabilizada? Quais segredos guardam esses documentos e as datas falsificadas? Essas respostas são cruciais e devem ser apresentadas em Brasília, diante de deputados e senadores. Os familiares das vítimas, os cidadãos de Cascavel e o Brasil como um todo têm o direito de saber quem são os culpados e exigir que sejam julgados.A luta por justiça não pode ser silenciada. É essencial que todos os envolvidos sejam responsabilizados por suas ações. O deputado Nelsinho Padovani, que desempenha um papel fundamental neste processo, deve se pronunciar e esclarecer sua posição sobre essas questões. A população anseia por respostas, e a impunidade não pode prevalecer em um sistema que deveria proteger a vida e a dignidade de todos.