O uso de um veículo público para fins particulares não é apenas uma infração de conduta; é uma falta funcional grave que pode ser classificada como improbidade administrativa. Quando um agente público se permite esse deslize, ele se expõe a uma série de consequências, incluindo apuração de responsabilidade penal, disciplinar e civil, ressarcimento de danos e até a ruptura do contrato de trabalho por justa causa.

Recentemente, o site recebeu a denúncia de que um veículo da prefeitura estava estacionado na residência de um servidor. O que se pode esperar dessa situação? Uma resposta da gestão pública? Uma ação da imprensa? Até agora, a resposta parece ser um silêncio ensurdecedor. Não vemos veículos de comunicação cobrando respostas contundentes, e o Prefeito Leonado Paranhos, que adora fazer lives e se exibir nas redes sociais, parece evitar o assunto como se fosse uma praga.

Paranhos já se posicionou em relação a desvios em mandatos anteriores, mas, curiosamente, não olha para o próprio quintal. Escândalos, denúncias e licitações canceladas de forma misteriosa se acumulam sob seu governo. A pergunta que fica é: o que aconteceu com essa denúncia específica? Quem é o funcionário envolvido? Sofreu alguma sanção? Ou será que terá a mesma sorte de Simoni Soares, que, após falsificações em documentos da Voepass, foi simplesmente transferida de função, como se tudo não passasse de um jogo de esconde-esconde?

Prefeito, o site está aberto para sua resposta. É hora de esclarecer essas questões e demonstrar que a transparência e a responsabilidade não são apenas palavras vazias em seu vocabulário político, mas sim práticas que devem ser adotadas para garantir a integridade da administração pública. A população de Cascavel merece respostas e, mais importante, ações.