Em uma matéria publicada pela CGN em abril de 2022, foi revelado que Renato Silva, vice-prefeito de Cascavel, havia recebido um desconto de R$ 16 milhões. Este cenário alarmante se torna ainda mais preocupante ao constatarmos que quase cinco mil crianças aguardavam por vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade. Dados fornecidos pela Secretaria de Educação indicam que, em julho deste ano, eram 4.300 crianças na fila, e esse número saltou para 4.984, conforme matéria divulgada pelo G1 no final de 2022.

O que se espera de um governante é, ao menos, um mínimo de empatia. Entretanto, um desvio de dinheiro, como relatado nas matérias, evidencia a má utilização de recursos que deveriam ser destinados à educação.

O Conselho Municipal de Contribuintes informou que a Univel destinou verbas a despesas absurdas, como estacionamento em shopping, pedágios e multas de trânsito de associados e seus filhos, em vez de investir nas crianças que mais precisam. Em um documento publicado no Diário Oficial do Município em novembro de 2019, o mesmo conselho denunciou que quase R$ 50 mil foram gastos em um casamento do filho de um associado da Univel, recursos que poderiam ter sido aplicados em melhorias para a educação. Os gastos irresponsáveis não param por aí.

Em 2009, foi revelado que a Univel desviou recursos ao custear despesas em estabelecimentos como a Bielle (antiga casa noturna) e o Botequim da Esquina, ambos localizados na Rua Paraná, no Centro. Para agravar ainda mais a situação, a Univel também pagou uma viagem ao exterior para a filha de um dos associados, que ocupava o cargo de Diretora da Instituição, e sua acompanhante, que era Coordenadora Social, para Hong Kong.

Diante de mais de 4.000 crianças sem vagas nas creches, a pergunta que não quer calar é: o que Renato Silva fez a respeito? E Marcia Baldini, secretária de Educação, que providências tomou para resolver essa situação crítica? Mães sem vagas em creches enfrentam a dura realidade de não poder trabalhar, enquanto Paranhos, em vez de buscar soluções efetivas, continua a promover uma imagem idealizada de Cascavel.

Cascavel está desgovernada e, com Renato Silva prestes a assumir novamente a caneta em 2025, a questão que se coloca é: quem ele irá beneficiar? Amigos e familiares, ou uma população que clama desesperadamente por melhorias? É inaceitável que aqueles que ocupam cargos de liderança não demonstrem empatia e compaixão pelas necessidades da comunidade. A falta de ação e responsabilidade é alarmante, e a população merece um governo que priorize o bem-estar de suas crianças e famílias.