A palavra “fake news” se tornou um verdadeiro mantra nos últimos anos, mas parece que a Prefeitura de Cascavel, sob a liderança de Leonaldo Paranhos e Marcia Baldini, decidiu que seria mais divertido brincar com a definição. Recentemente, a cidade teve a audácia de se auto-proclamar um “marco histórico” ao conquistar o Selo Ouro de Alfabetização, posicionando-se como a 9ª entre as melhores cidades do Brasil. Uau! Palmas para a criatividade!

Acontece que, em meio a essa festança, esqueceram de mencionar que 227 cidades do Paraná também receberam o mesmo selo. Seria realmente uma vergonha se Cascavel não estivesse entre elas, não é? Afinal, quem não gostaria de ser parte de um grupo tão seleto de “vencedores”? Mas, ao buscar dados, a verdade começa a aparecer como um fantasminha: Cascavel está atrás de várias cidades paranaenses quando o assunto é alfabetização. Então, o que temos aqui? Cascavel, a cidade da fantasia, onde a realidade é maquiada com meias verdades e um bom filtro de Instagram.

Como bem disse um professor certo dia: “Texto sem contexto é pretexto para mentiras.” E é exatamente esse o cenário que se desenha em Cascavel. A cidade vive de ilusões e propagandas que, se fossem um produto, estariam em promoção na seção de “falsificações”. A Prefeitura, em sua busca por reconhecimento, parece ter perdido o fio da meada da verdade, trocando a realidade por uma performance digna de um teatro de marionetes.

Enquanto isso, os cidadãos assistem a esse espetáculo tragicômico, onde a educação é tratada como um acessório de marketing. Que tal investir na alfabetização real, ao invés de se esconder atrás de selos e títulos que, no fundo, são tão vazios quanto promessas de político em época de eleição? Cascavel precisa urgentemente descer desse palco da fantasia e encarar a verdade de frente, em vez de dançar ao som de uma música que só eles ouvem.