O site Notícias Cascavel recebeu uma nova denúncia nesta tarde envolvendo Simoni Soares, ex-presidente da Transitar, que está participando de um fórum de mobilidade urbana no Chile. A questão que se impõe é: não deveria Larissa Boeing, atual presidente da Transitar, estar representando a autarquia nesse evento? Essa situação levanta sérias dúvidas sobre a real gestão da Transitar e reforça a percepção de que a presidência de Larissa é apenas figurativa, enquanto Simoni continua a ditar as regras.

A conexão de Simoni Soares com Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel, também merece destaque. Fiel escudeira de Paranhos desde os tempos da falida Visa Outdoor, Simoni mantém uma influência questionável na administração pública. Inclusive, a gratificação concedida à sua filha, Kauane Vitória da Silva, após as eleições — que resultou em um aumento de 80% no salário —, passou pelo aval de Paranhos. A pergunta que fica é: ele estava ciente ou ignorou deliberadamente a ilegalidade envolvida?

Essa promoção, claramente caracterizada como nepotismo, afronta os princípios constitucionais de impessoalidade e moralidade administrativa, além de abrir espaço para corrupção, troca de favores e desvio de recursos públicos. Com a eleição de Renato Silva como novo prefeito de Cascavel, fica a dúvida: ele manterá Simoni Soares na folha salarial da prefeitura? A permanência desses privilégios reforça a percepção de que a esbornia com o dinheiro público continua a imperar na cidade.

A denúncia ainda levanta a possibilidade de uso indevido de recursos públicos para financiar a viagem de Simoni ao Chile. Pelas imagens recebidas, a viagem aparenta ter um caráter turístico, e a ausência de transparência sobre os custos só aumenta a suspeita de que os recursos possam ter origem da Transitar — um dinheiro que deveria ser investido em benefício da população.

O silêncio de vereadores e organizações que dizem fiscalizar o uso do dinheiro público é alarmante. A população de Cascavel merece explicações claras e imediatas sobre quem está realmente conduzindo a Transitar, como os recursos estão sendo usados e por que práticas ilegais, como nepotismo, continuam sendo toleradas. A responsabilidade recai não apenas sobre Simoni Soares, mas também sobre Leonaldo Paranhos, Renato Silva e todos os envolvidos na gestão que permitem que tais situações ocorram.